terça-feira, 11 de novembro de 2014

Operação África 1994!

Operação África/94

No período entre os meses de setembro a novembro de 1994 participei da Operação África/94 embarcado na Corveta Forte de Coimbra, mas conhecida, na minha adolescência aqui em Natal, como “Fuinha”. A origem deste apelido dado à corveta desconheço e não faço a menor ideia de como e quando surgiu. O navio demandou o porto de Natal e visitou os seguintes portos:

- Praia, Cabo Verde;
- Dakar, Senegal;
- Bissau, Guiné-Bissau;
- Abidjan, Costa do Marfim;
- Tema, Gana;
- Libreviller, Gabão; e,
- Ilha de Ascenção, Reino Unido.

O navio, sob o Comando do então Capitão-de-Corveta OSMAR, cumpriu sua missão maior que era de preparar a tripulação para viagens transoceânicas.

Estava embarcado três Fuzileiros Navais: um Capitão-Tenente [não lembro o nome de guerra, só sei que veio do Rio de Janeiro para participar da missão], um Cabo FN IF que também não lembro o nome de guerra, porém lembro que servia no Comando do 3ºDN e eu.

Minha indicação para a esta viagem foi interessante: a mensagem mandando o Grupamento de Fuzileiros Navais de Natal indicar um praça suboficial ou primeiro sargento [na época tinha sido promovido a primeiro sargento em junho daquele ano!] chegou ao Grupamento num dia em que eu estava de licença e quando regressei no dia seguinte recebi a notícia direta do  então 1º Tenente A-FN INÁCIO, meu chefe direto sobre minha indicação para a viagem que, para nós, era como se fosse um prêmio.

Além dos três FNs embarcados, também dois civis da Marinha participaram da missão, um era o Senhor Wellington o outro não lembro o nome.

O médico embarcado foi o então Capitão-Tenente MD CALHAU, nosso famoso e querido Doutor Calhau que chegou na ativa ao posto de Capitão-de-Mar-e-Guerra. Um excelente médico! Muito dedicado à recuperação dos seus pacientes.

Partimos do porto de Natal com destino ao porto Praia na ilha de Cabo Verde. A travessia durou cerca de seis dias. Nas primeiras horas de navegação me senti um pouco ‘grog’ e fiquei no convés principal sentindo a brisa do mar de formas a me adaptar ao balanço do navio.

Em poucas horas já estava totalmente adaptado de formas que passei a me integrar à tripulação do navio.

O imediato me chamou no seu camarote e me informou que eu iria participar do detalhe de serviço na escala dos contra-mestres do navio para ajudar o pessoal de bordo e, prontamente, respondi que não havia problema, salvo a dificuldade de não saber apitar, porém contornei esta situação solicitando  apoio ao pessoal do navio de maneira que, sempre que estava no horário e havia necessidade do uso do apito, o pessoal de bordo prontamente apitava para eu desde a rotina do navio ao cerimonial da bandeira.

O post está ficando longo, de forma que vou dividir as memórias desta viagem em outros posts, ok? 

No próximo post, vou rememorar a festa do “Rei Netuno” onde fui ‘batizado’! KKKKKK!!!!!!!!!

Até o próximo!


Adsumus!

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